Preto e branco, rosa e verde, vermelho e azul marinho. As mais diversas combinações de listras estão perambulando pelas ruas, desfiles, editoriais de moda e premiações.
Hoje eu trago para vocês algumas inspirações de looks com essa tendência e algumas informações sobre como isso começou (ou como pode ter começado).
Há muuito tempo atrás, na época medieval, as listras eram consideradas representações do "não puro", porque não era liso, não era contícuo...a listra "dividia". Para os cristãos, era um pecado alguém do clérigo usar algo do tipo. O simbolismo da estampa foi sendo transferido para os marginalizados da sociedade, como bandidos, bastardos, prostitutas, boêmios, palhaços. Depois, para "classes inferiores", como os servos. Sem contar que, na cultura medieval, o contraste de duas cores também era sinônimo de rebeldia.
A concepção começou a mudar quando, ainda na Idade Média, as famílias começaram a criar seus brasões. Ao contrário do que pensamos, quase toda família podia ter seu brasão, não só as nobres. E nestes brasões, que eram divididos em cores, começaram a aparecer listras verticais misturadas a símbolos.
Em revoluções, as listras começaram a aparecer em bandeiras (lembram que mencionei rebeldia?)... Consequentemente, artistas mais transgressores adotaram também as listras.
Passou-se o tempo, as listras verticais passaram a ser usadas na aristocracia, enquanto os servos usavam as horizontais.
As listras ainda têm uma conotação ruim em alguns aspectos da contemporaneidade, como é o caso do nazismo ou da prisão
Famosos como Pablo Picasso e Coco Chanel ajudaram a difundi-las no universo do vestuário masculino e feminino. Nota-se que os dois eram artistas e transgrediam com a arte ou moda vigente da época. Foram verdadeiros revolucionários. De novo, tem a ver com a rebeldia que falamos do contraste de cores e com o simplismo.
Se você quer usar listras, aqui vai nosso painel de inspiração:
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