segunda-feira, 4 de março de 2013
O Fashionista Pavão e o Circo da Moda.
Se tem uma coisa que eu amo na moda, são as polêmicas sobre o assunto e suas discussões filosóficas.
Portanto, não tive como não me apaixonar pelo artigo da T Magazine, a revista de moda do The New York Times, falando sobre o "circo da moda".
Neste artigo, a autora Suzy Menkes, lembra de uma época em que os fashionistas eram apelidados de "corvos", pois todos estavam sempre vestidos em clássicos pretinhos básicos. "Onde é o enterro?" Os passantes perguntavam, de acordo com a autora, sempre que havia uma semana de moda acontecendo.
Hoje a moda é espetaculosa (como diria um personagem das novelas da Globo), e se um dia fomos corvos, hoje somos pavão, bichos exagerados, coloridos, extravagantes...
Cores, padronagens, saltos altíssimos, acessórios para cabeça, bolsas e maquiagens são elevados ao que pode existir de mais luxuoso em termos de ostentação do estilo.
E se um dia o circo era montado dentro das salas de desfile, hoje ele está nas ruas. A moda fora das passarelas ganhou status de tendência tal qual a dos fashion shows... ou mais? Modelos perderam seus pódios para as personalidades das ruas. Quem mais chama a atenção, mais se destaca no novo zoológico fashion. Aliás, nem é preciso estar bonita, vamos combinar!
São tempos estranhos, uma era em que Bryan Boy, Tavi Gavenson e Susie Bubble (da esquerda para a direita na foto acima) são tidos como as personalidades mais influentes da moda, mesmo com gostos para lá de duvidosos.
Parece que a ânsia de fugir dos padrões tão estreitos do estilo francês, criaram uma aberração fashion. O que vale é ser fantasiosamente diferente, e assim como fizeram com os escritores, deram aos fashionistas uma licença poética sem limites.
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MODS é algo completamente diferente de ESTILO. A moda tem o completo direito de ser espetaculosa porque é uma arte afinal de contas, não é mesmo?
ResponderExcluirModa e estilo são mesmo diferentes, nunca discordei disso. A questão colocada no artigo, é a questão da crítica... parece que perdemos os parâmetros do que seria bonito, estético, ou simplesmente agradável aos olhos. Não se coloca aqui a questão da liberdade de escolha, mas a falta de crítica, num momento em que o quanto mais "apapagaiado" é melhor... e as coisas não são tão simples assim, concorda?
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